Blog do Preletor Cleber de Amorim

Blog do Preletor Cleber de Amorim

Lição 8 - Exortação a Santidade

Lição 8 Trimestre 1 de 2010

Comentário da lição 8, do trimestre 1, de 2010, da lição da Escola Bíblica Dominical, CPAD/CGADB 2010.

Comentarista: Pb Cleber de Amorim.
Contatos: 48 3433-9454; 8806-2527 - Criciúma SC.
Cleber.comjesus@hotmail.com.
Preletorcleberdeamorim.blogspot.com.

Título: Exortação a Santificação

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: II Cor 6. 14-18; 7.1, 8-10.

II Coríntios 6

14 –Não vos prendais a um jugo desigual com infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas.

“Não vos prendais a um jugo desigual com infiéis”. Para a melhor compreensão do texto, vamos recorrer aos termos. O jugo categoricamente fala do que nós chamamos que canga, ou seja, aquele instrumento que junta dois bois e os faz uma parelha para puxar um carro ou a arado. Jugo fala expressamente de união. Em analisando o contexto cultural de corinto, logo concluímos ser muito difícil a aproximação de um cristão convicto com as pessoas pagãs em todos os sentidos. Surge então a pergunta: O cristão pode (ou deve?) ter comunhão (sociedade) com incrédulos?
Este assunto deve ser analisado com muito cuidado, devido a complexidade e energia da afirmação. No mundo moderno e empresarial, as sociedades são normais e conseqüentes em praticamente todo e qualquer empreendimento econômico em que se irá investir talentos e capital. As empresas tem sócios, na bolsa de valores você adquire ações de uma empresa e acaba virando sócio destas. Nas juntas comerciais de todos os estados da federação praticamente não se abre empresas sem a união em contratos sociais. Estas conveniências porém não destacam e dão valor a princípios como fé e religiosidade, diferenças culturais dentre outras.
Paulo também não diz “não tenhais”, e sim não vos prendeis! A uma diferença abissal em não dever e não poder. Mas partícipes do pensamento do apóstolo, podemos corroborar com sua afirmação dizendo que a sociedade entre um cristão e um incrédulo é muito complexa no que se tange a fé, porém pode ser muito produtiva quando observados os princípios básicos da administração moderna. Mas destacaremos aqui, algumas sociedades em que impreterivelmente os cristãos não deverão associar-se aos incrédulos:

1) Matrimônio. Por ser uma relação íntima demais entre partes. O casamento na visão bíblica é uma união de corpo, alma e espírito. Os dois tornam-se um!
2) Na fé. Deus não aceitará divisão em nossa adoração. Lembremos de Salomão, e suas mulheres estrangeiras que o fizeram pecar contra o Senhor.
3) Certos eventos e festas. Cabe-nos salientar que em determinados eventos com conotação religiosa ou mística como batismos, festivais étnicos e “culturais” como o Carnaval, luais, dentre outros, bem como sociais onde as pessoas liberam-se em danças, glutonarias, piadas e outras manifestações da realidade sem Deus. Devemos ter cuidado com estas situações, pois elas nos afastam de Deus. Parece uma coisa normal, mas não o é. Jesus nos afirma que: “Nos dias de Noé as pessoas comiam, bebiam, davam-se em casamento. Daí veio o dilúvio e os levou a todos!” (Mt 24.38). Não que não se possa fazer nada disso, mas a intenção e o distanciamento que estas festividades levam as pessoas de Deus, é que são destacadas.
Do mundo não devemos esperar nada de proveitoso para a nossa fé e comunhão com Deus. A associação, o jugo ou a comunhão como queiram, entre um cristão e um incrédulo é complexa sim, perigosa e altamente propícia para o enfraquecimento das convicções morais e espirituais em Deus o Pai.

15 – E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?

“Concórdia”. Em algumas traduções se transcreve este termo por harmonia, ligação ou concórdia. No original grego o termo é “Sunphonesis” que literalmente fala da harmonia de uma sinfonia, da união entre instrumento de uma “sinfonia”.
Pela natureza prontamente antagônica entre Cristo e o fiel, em contraposição a Satanás e o infiel, Paulo usa a terminologia acima para descrever a impossibilidade de comunhão entre o santo e o profano.

16 – E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.

17 – Porque saí do meio dele, a apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis em nada imundo, e eu vos receberei;

18 – E Eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.

Os textos acima continuam o pensamento apostólico da separação necessária entre os cristão e o mundo, para que a comunhão com Deus não se desfizesse, pelo entristecer do Espírito Santo devido a ações influenciadas pelo pensamento e viver mundanos. As afirmações acima são paráfrases de textos como Lv 26.12; Jr 32.38; Ez 37.27; Is 52.11; II Sm 7.14 e Is 43.6.
Figuras como templo e ídolos, comparadas ao nosso corpo como templo são lógicas paulinas espetaculares, que nos possibilitam a compreensão pura e simples do pensamento apostólico. Não há como não compreender a mensagem, pois é clara e objetiva em seu escopo. Também o tocar o imundo! Pai e filhos são conotações extraordinárias da dimensão de comunhão que um crente tem com o seu Deus.

II Coríntios 7

1 – Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor a Deus.

Aqui os termos purifiquemo-nos e santificação, denotam a ação cristã na busca pelo padrão de excelência moral e de integridade de fé em relação ao mundo caído que nos rodeia. Purificar-se é um ato da santificação.
A santificação tem haver com a eliminação de toda a imundícia da “carne e do espírito”. O homem é constituído de corpo, alma e espírito. Portanto a santificação é o esforço por resguardar todas estas fronteiras da existência humana de tudo aqui que os pode macular. Imundícia e impureza são traduções para o termo grego “molusmo” que significa macular, sujar. Logo o pecado mancha a alma redimida do crente e o torna imperfeito para a comunhão com Deus, visto que este é o padrão da santidade em si mesmo (I Pe 1.15,16).
A santidade é uma necessidade, uma assertiva, uma necessidade cristã. Além do que uma exigência de Deus (I Pe 1.15,16; Hb 12.14).

8 – Porquanto, ainda que vos tenha contristado com a minha carta, não me arrependo, embora já me tivesse arrependido por ver que aquela carta vos contristou, ainda que por pouco tempo;

9 – Agora, folgo, não porque fostes contristados para o arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus; de maneira de por nós não padecestes dano em coisa alguma.

10 – Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende, mas a tristeza do mundo opera a morte.

Existem algumas possibilidades especulativas sobre qual seria esta carta de que Paulo fala no verso 8:

1) A própria primeira epístola aos coríntios.
2) A epístola perdida (I Co 5.9).
3) A epístola severa contida nos capítulos 10 a 13 de segunda coríntios, que dizem alguns, foi indexada ao texto primário desta. Dizem alguns que esta, havia sido enviada aos coríntios antes da segunda epístola canônica.

Na realidade a maioria dos comentaristas, reconhecem haver pelo menos quatro epístolas paulinas aos coríntios. Quem sabe cinco, pois para muitos os textos de II Coríntios 6.14 a 7.1 constituem outra epístola. Seja como for, a necessidade de escritos por parte do apóstolo a igreja coríntia, deu-se pelo fato de sua missão evangelizadora, pela sua proximidade com a fé destes e pela necessidade gerada pela imoralidade reinante em corinto que constantemente influenciava os crentes daquela cidade.

Embora procurasse a aproximação afetiva com estes crentes, Paulo não se desviava da missão pastoral e corretiva em relação aos maus hábitos dos habitantes de corinto. Paulo fala que a tristeza da correção poderia causar a salvação destes. Pois a tristeza do arrependimento não se compararia a tristeza pela prática do pecado no mundo, o que leva às pessoas a morte.

TEXTO ÁUREO: II Cor 6.1.

“Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor a Deus”.

NOSSOS OBJETIVOS NESTA AULA SERÃO:

* Conscientizar nossos alunos de Paulo buscou a reconciliação com os coríntios.
* De que devemos viver uma vida santa.
* Explicar o porquê de Paulo reiterar seu amor aos coríntios.

DIVISÃO TÓPICA

1 – PAULO APELA À RECONCILIAÇÃO E COMUNHÃO (6. 11-13).

1.1 – Paulo apela ao sentimento fraterno dos coríntios (vs 1).
1.2 – Paulo dá exemplo de reconciliação.
1.3 – Paulo demonstra seu afeto e espera ser compreendido (vs 12,13).

A comunhão entre e dos santos, é um desejo expresso por Deus. Jesus falou que um reino dividido não subsiste, dando-nos a entender que esta, a união, é uma característica da plenitude do amor de Deus em nossas vidas, uma realidade visível que demonstra a verdade invisível e ideal estando em nossos corações.

As predileções, as empatias ou sentimentos humanos de aceitação de outrem por aparência, fala gestos e outros, são opções puramente intuitivas da realidade humana, e consequências de uma existência social, o que pode ocorrer ao inverso sem descaracterizar a ação como normal a nossa existência e forma de ser. Porém o amor de Deus ultrapassa conveniências e padrões estabelecidos ou intuitivos da natureza humana. Ele nos constrange a amar, e não somente simpatizar com alguém, seja ele amigo ou até mesmo inimigo. Amar inimigos, orar pelos que nos perseguem... Eis aí uma prova suprema de cristianismo, de amor de Deus.
O problema da rigidez do coração com relação ao amor pelo outrem está na consequência lógica e clássica desta ação. Se amo aproximo-me, se não, busco distância. Lembremos de que cristianismo é convivência, união, parceria, ajuntamento de coração, é alegria, gozo e paz no Espírito Santo. Esta é uma boa hora para pedirmos de Deus o altruísmo necessário para compreender o mais fraco, o necessitado, o carente. Buscar aquele irmão que a tempos não vem na igreja, que não foi lembrado por nossa simpatia, mas que existe, e por outro lado talvez simpatize conosco, e na hora má seja no leito de dor, na angústia profunda, na tragédia, esteja esperando justamente por nós que nos antipatizamos dele. Busquemos com zelo os melhores dons, e certamente acharemos o amor!

2 – PAULO EXORTA OS CORÍNTIOS A UMA VIDA SANTIFICADA (6.14-7.1).

2.1 – Uma abrupta interrupção de exortação (vs 14-18).
2.2 – O perigo que ameaça a fé: O jugo desigual.
2.3 – O correto relacionamento do cristão com os não-crentes.

Quando Deus fala a Israel, principalmente no livro de Levítico, onde a adoração está recebendo o entorno da vontade divida, em uma formatação cúltica, ritualista e cerimonial, onde exigências de formas e modelos são expressos por Jeová para que o culto fosse aceito por Ele, uma exigência fica bem delineada e expressa – a santidade. A santidade é um atributo divido que reporta o senhor Deus a uma atitude necessária e temerária em relação à criação caída e maculada - a separação. A separação por mais antagônica e complexa que possa parecer, é a forma de evitar um encontro entre a pecaminosidade humana e a pureza divina e a consequente necessidade desta de destruir o pecado e garantir a permanência da pureza moral de Deus. Deus é fogo consumidor! Sua santidade o compele a destruir tudo e qualquer coisa impura. Logo esta separação nos preserva, e nos permite em Cristo buscar a solução para este problema.
Então a separação do erro, do mal, do pecado, é uma ordenança moral que nos levará para mais perto do senhor, e nos caracterizará pela diferença em relação a quem não optar por este caminho. Quanto mais separados do mundo, ficamos diferentes, puros e incontamináveis. No conceito divino, a adoração dividida não será aceita, pois ou você adora a Ele ou a mundo. Logo santificado, mais aceito por Ele seremos.
Cabe-nos reiterar que como somos uma tricotomia formada por corpo, alma e espírito, nossa santidade deve abranger estas áreas, e como tal devemos nos afastar de tudo aquilo que possa alcançar estas esferas de nossa existência.


3 – PAULO REGOZIJA-SE COM AS NOTÍCIAS DA IGREJA EM CORINTO (7.2-16).

3.1 – Paulo reitera seu amor para com os coríntios (vs 2-4).
3.2 – Paulo alegra-se pelas notícias trazidas por Tito (vs 5-7).
3.3 – A tristeza segundo Deus (vs 8-16).

Com relação à visita de Timóteo não muito bem sucedida junto aquela igreja, a ida de Tito parece ter surtido um efeito benéfico e conciliador entre Paulo e seus filhos na fé em corinto. Isto parece ter chegado a Paulo em forma de relatório e causado um alívio no apóstolo. A ida de Tito parece-nos ter ocorrido por conta da leva da carta severa, e segundo o que se vê os destinatários, longe da presença do apóstolo, se rendem a seus argumentos pertinentemente carregados de zelo e amor. Isso confortou e muito a consciência de Paulo.
Num daqueles momentos inspirativos do apóstolo, a pena paulina descreve um paradoxo extremamente complexo e revelador da fé. A pena do sofrimento, ajuizado na consciência do crente penitente pelo contexto de pecados a sua volta, confrontando-se com a ação do Espírito Santo, o que gera a contrição, um sofrimento de peso na alma pelo erro. É o espectro da justiça divina trazendo a consciência do erro, e a necessidade do perdão. Paulo chama isso de tristeza segundo Deus, ou seja, uma provisão para nossa salvação.
Que Deus tenha misericórdia, se enganados pela avareza da alma, nossas consciências estiverem cauterizadas de forma que não mais reconheçamos o pecado.

CONCLUSÃO

Deus abençoe a todos, e uma ótima aula a você caro professor.

0 Response to "Lição 8 - Exortação a Santidade"

Jogos seguros para Crianças

Amigos que seguem o Blog

Um presente de Natal diferente para as crianças

Mande seu E-mail

powered by Blogger | WordPress by Newwpthemes | Converted by BloggerTheme