Blog do Preletor Cleber de Amorim

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Lição 10– Davi e o Preço da Negligência na Família

De 06 de Dezembro de 2009

Comentário: Pb Cleber de Amorim / Criciúma SC
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BLOG: preletorcleberdeamorim.blogspot.com
Contato: 048 34339454

Comentário da Lição nº 10 da Revista da Escola Bíblica Dominical, das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB) Ed. CPAD, RJ, 4º Trimestre de 2009.

Leitura Bíblica em Classe: II Samuel 13.2,510-12,14,15.

Divisão Tópica

Introdução

I – DAVI FRACASSA NA FORMAÇÃO CULTURAL DOS FILHOS

1 – Os valores dos filhos do mundo.
2 – Os valores dos filhos do rei.

II – DAVI FRACASSA AO NÃO IMPOR LIMITES

1 – Davi não corrigiu o mal comportamento.
2 – Davi não ensinou os valores hierárquicos.

III – DAVI FRACASSA COMO PAI

1 – Um pai ausente.
2 – Um pai sem afetividade.

Conclusão




Subsídio


Introdução


Paz do Senhor aos amados professores (as) da EBD. Neste domingo somos convidados a questionarmo-nos acerca da grande tarefa de conduzir o trabalho do Senhor e nossa família. Com extremo cuidado de não priorizarmos de mais uma estrutura, em detrimento da outra.

O fato de ser rei, ou em nosso caso um ministro eclesiástico, presbítero, pastor etc, não nos isenta da responsabilidade, de conduzir bem a família como modelo de administração eclesiástica, e prova de nossa competência ministerial (I Timóteo 3.6).


Esposas e filhos de Davi


Esposas das vagueações (I Samuel 27,3; I Crônicas 3.1)

Abinoã de Jesreel – gerou a Amom (II Samuel 3.2)
Abigail do Carmelo – gerou a Quileabe (II Samuel 3.3)

Esposas em Hebrom (II Samuel 3.2-5; I Crônicas 3.1-4)

Maaca de Gesur – gerou a Absalão, 3 falecidos, Reoboão, Abias e Tamar (II Samuel 14.27; 18.18; II Cr 11.20)
Agite – gerou a Adonias (II Samuel 14.27)
Abitai – gerou a Sefatias (II Samuel 14.27)
Eglá Mical – gerou a Itreã (II Samuel 14.27)
Obs.: Neste período houve 10 concubinas, cujos filhos não são chamados pelo nome ((II Samuel 5.13; 15.16; I Crônicas 3.9)

Esposas em Jerusalém (II Samuel 5.13-16; I Crônica 3.5-8; 14.4-7)
Obs.: Alguns nomes não são dados.

Filhos: Ibar, Elisama, Elifelete, Nogá, Nefegue, Jafia, Eliada (II Crônicas 3.6; I Crônica 3.7; 14.7; II Crônicas 11.18).
De Bate-Seba um morreu infante (II Samuel 12.15), depois lhe vieram Siméia, Sobabe, Natã e Salomão (I Crônica 3.5)


A Família de Davi


Como podemos observar nas lições anteriores, principalmente nas de número 9 e 8, onde observamos o descaminho sexual de Davi, a formatação da família real não tinha um caráter convencional como as famílias ocidentais (no oriente a poligamia ainda é uma realidade cultural), e principalmente de fundamentação cristã.

Portanto nosso julgamento sobre esta questão, na família de Davi, deverá se concentrar diretamente em seu relacionamento paterno, ou seja em relação aos seus filhos.

Convém destacar aqui, que segundo a cultura daquela época, as mulheres pertenciam a uma classe inferior, sejam elas esposas ou filhas. Nota-se no relato bíblico uma maior exposição dos membros masculinos da família real, que logicamente envolver-se-iam em assuntos pertinentes ao reino como guerras, governo e sucessão monárquica. Esta última a mais complexa de todas as dinastias do mundo.
Um detalhe importante a se destacar aqui é, pai é pai em quaisquer circunstâncias. E filho não escolhe o pai. Seja ele quem for o sentimento de dependência, carência e afetividade existirão na visão do filho. Porém no caso poligâmico de Davi, certamente, muitos de seus filhos receberam tratamento semelhante a dado a bastardos e agregados a sua casa, pelo envolvimento sem afeto com que ele dividia o leito com várias mulheres, o que com certeza não despertava um sentimento maior pelo filho de uma relação como esta. O filho neste caso teria mais ou menos prestígio junto ao rei, certamente pelo grau de importância de sua mãe para com o rei. Certamente Salomão veio a suceder a Davi, pelo impacto do relacionamento do rei com a mãe daquele – Bate Seba, com a qual o rei relacionou-se e herdou uma das mais dolorosas experiências de sua vida.


O que podemos aprender com Davi nesta lição


A reverência pelo matrimônio

O homem de Deus deve ter uma mulher só. Este é o modelo do homem de Deus no Novo testamento ( I Timóteo 3.1-7). É muito provável que em sendo a cultura Neo Testamentária, desenvolvida em uma cultura oriental, haver a prática da poligamia, principalmente nos gentios recém convertidos, e inseridos a igreja. Porém com o intuito de desconstruir esta cultura, Paulo formata um padrão, pois no homem de Deus (diácono ou presbítero), o exemplo seria dado a aqueles que fossem montar suas famílias.

Infelizmente hoje, muitos estão casados com uma só esposa, porém uma de cada vez. Não querendo entrar neste mérito, mas em outro – o dos filhos gerados, é que estendemos este comentário. Quando tudo se restringe a marido e mulher, sinceramente a menos demandas a serem abordadas. Porém na existência dos filhos as consequências são mais abrangentes e complexas, e as responsabilidades “perenes e eternas”.

A responsabilidade paterna

Educação, presença paterna, desenvolvimento psicológico e social, relacionamentos, provisão financeira, escolar e profissional. Enfim, tudo o que trata do desenvolvimento humano, e consequentemente necessário ao crescimento de um filho, deve ser posto em questão. Agora, se em casos normais (monogâmicos) a responsabilidade exige esforço homérico, quem dirá de quem tem duas, três a até mais experiências conjugais com herdeiros para administrar. Cremos ser praticamente impossível que isto ocorra sem prejuízos a pessoa humana do filho. Que certamente sentirá a falta dos recursos paternos, quando deparar-se com as exigências impostas por este mundo moderno, quando de sua necessidade de encarar o mercado de trabalho e as responsabilidades do mundo adulto.

Autoridade paterna

Juridicamente existe um direito chamado pátrio poder. Este fala da capacidade paterna de impor o respeito e a ordem dentro de sua casa. Muitos pais têm perdido a noção de suas responsabilidades e tem entregado seus filhos a uma condição de pura sorte, quase igual à condição teorizada pelos evolucionistas chamada seleção natural, onde os mais bem preparados e ambientados sobrevivem. Entregando seus filhos a pura sorte.

Os limites e fronteiras servem principalmente para demarcar a soberania de um estado ou nação. Assim no lar, os limites garantem expõe alicerces, os valores e crenças de uma família. Os filhos precisam, mesmo que subjetivamente tentem nos provar e desafiar, entender e compreender o que estes valores significam e representam. Família (de homem e mulher mais filhos), moralidade (caráter, pureza sexual, mental, física e relacional), trabalho honesto, bons costumes, educação de qualidade e doutrinas genuinamente cristãs, são a base sólida de uma vida abençoada diante de Deus e dos homens.

Costumes estranhos a estes pressupostos devem ser condenados e sumariamente rechaçados. São eles que corrompem os bons costumes e a imposição dos limites. Quando falamos de imposição de limites, destacamos que limites são conquistados, portanto impostos. E como tal devem ser defendidos como questão de honra.

A humanização paterna

O ser humano é caracterizado por seus sentimentos em relação aos outros seres viventes. A história humana tem endurecido e deformado a capacidade humana de expor sentimentos. A lição destaca que Davi não fazia conhecido seu afeto pelos filhos. Temos manifestado todo o nosso amor a carinho pelos nossos filhos? Meus sentimentos mais puros e amorosos tem os alcançado?

Deixem-me dar-vos meu testemunho pessoal. Fui criado na cidade de Joinville SC. Meu pai foi uma pessoa cheia de traumas, ficou órfão muito cedo de pai e mãe, e enfrentou a vida sozinho. Infelizmente caiu no alcoolismo, e acabou se escondendo, fechando igual ao repolho. O problema foi a transferência de seus problemas para nós os filhos. Violência física e psicológica, ações que geraram muitos traumas e mágoas. Porém veio Cristo, com seu maravilhoso evangelho, poderoso, abrangente, redentor, curador, justificador e acima de tudo salvador, quebrando as maldições empregadas pelo diabo! Fiquei livre, “destraumatizado”, sem nenhum indício depressivo ou violento. Mas deus me deu o maior presente que eu queria ma minha relação pai e filho.

Papai ficou enfermo de câncer, aceitou a Jesus em seu leito de morte, faleceu, porém não sem antes me olhar nos olhos e me pedir perdão (pela primeira vez na vida) e dizer que sempre me amou, que eu era o filho mais lindo do mundo, e que ele sempre sentiu orgulho de mim. Que palavras! Que maravilha! Ali percebi que o verdadeiro amor de um pai por seu filho, também e devem ser tutelados pelo amor de Cristo.

Pai, mãe, sejam humanos, revelem seus sentimentos sem medo de parecerem moles, permissivos e lenientes. Amor é coisa divina, e não desencadeia desgraça, permissividade e libertinagem. O amor constrói, une e consolida a família cristã.



Professor, Deus te abençoe e boa aula amado. Não esqueça de quando acessar este blog de enviar seus comentários e perguntas. Atenderemos os amados com o maior prazer.

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