Lição 09– A Restauração Espiritual de Davi
Lição 09– A Restauração Espiritual de Davi
De 29 de Novembro de 2009
Comentário: Pb Cleber de Amorim / Criciúma SC
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Comentário da Lição nº 9 da Revista da Escola Bíblica Dominical, das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB) Ed. CPAD, RJ, 4º Trimestre de 2009.
Leitura Bíblica em Classe: Salmos 51. 1-4, 7-12, 17.
Divisão Tópica
Introdução
I – A RESTAURAÇÃO E A PALAVRA DE DEUS
1 – Davi e a palavra de Deus.
2 – O cristão e a palavra de Deus.
II – A RESTAURAÇÃO E A INFLUÊNCIA DE FATORES EXTERNOS EM NOSSAS DECISÕES
1 – A influência do meio.
2 – Nossa responsabilidade moral.
III – A RESTAURAÇÃO E A ATITUDE DIANTE DO PECADO
1 – Reconhecendo a misericórdia de Deus.
2 – Reconhecendo a nossa pecaminosidade e a santidade de Deus.
Conclusão
Subsídio
Introdução
Paz do Senhor aos amados professores (as) da EBD. Neste domingo vamos perceber na vida de Davi, seja como homem comum, seja como o grande rei de Israel, um grande rompedor de paradigmas. A Lei Mosaica é vigente nesta época onde o reino de Davi parece ser um dos maiores de sua época sem contar com a indiscutível independência e reconhecimento perante outros reis da terra. Então como Davi pauta seu reino à direção divina, logo a lei tem uma aplicação ampla e inconteste.
Com Davi, o ministério profético goza de liberdade sem precedentes, os levitas são honrados mais do que nunca, e a adoração faz parte da vida cúltica da nação. Por tudo isso, Davi até hoje é reconhecido como homem quebrantado e, contudo, entretanto, porém (desculpe o trocadilho) temente a Deus. Talvez por isso viva a graça em pleno tempo da Lei.
Restauração, o tema desta lição, hoje em dia é tema complexo, porém atual e abrangente quando contextualizado as nossas realidades atuais e demandas da vida “moderna” e seus temas. O que Deus perdoa e quem ele perdoa, quando perdoa, são questões pertinentes a esta lição. Também vamos perceber que o perdão restaura, concerta e renova as alianças e pactos.
Em Deus vamos perceber a prontidão para o perdão, porém as conseqüências são nossas, dependendo a quem, quando e onde pecamos. O pecado é realizado a alguém que se ofende em oportunidades distintas e em lugares que poderão ou não prejudicar mais ou menos a nossa vida.
Em outra lição, já comentamos que há diferentes pecados e juízos descritos na escritura. Isso percebemos pelas diferentes ofertas: Holocaustos, libação, pacíficas etc. Que se destinam a fatos e ocasiões distintas. Na Lei Mosaica que difere vários pecados. No Novo Testamento que ensina que há pecados de morte e outros não. Jesus em Mateus 11 fala de diferentes juízos a Sodoma, Tiro e Sidom, em relação à Betsaida, Corazim e Cafarnaum.
Existe o fato da época em questão, a posição de Davi como rei, e aqui vimos a ética divina no trato de assuntos hierarquicamente elevados dentro do governo de seu povo. Aqui Deus tem de escolher prioridades, e agir por estratégia de decisões e não por conveniência.
Davi, seu pecado, sua época e sua posição
Quanto a Pecado
Quanto a considerações sobre pecado, os irmãos poderão buscar subsídios no comentário da lição anterior. Mas podemos aqui destacar que:
Foi rápido
Premeditado
Fruto da arrogância real
Escondido
Covarde
Só foi revelado, quando Jeová interveio no processo
Parecido com o que a gente vê hoje? Qualquer semelhança não é mera coincidência! Aprendi na EETAD, no livro de bibliologia, que a palavra de Deus não muda por que foi feita para o homem, e como sua natureza pecaminosa também não muda, ela sempre se renova.
Quanto a Época e Posição
Quanto à época podemos destacar o perigo da influência da sociedade em nossa vida. Também que Davi era o segundo rei de todo o Israel, pois Isbosete ainda reinou no reino do norte depois da morte de Saul, quando o reino se dividiu por um tempo. A figura do rei era apenas consequência da independência da nação. Deus mesmo já havia predito que isto seria fato (Deuteronômio 17.14 – 20), porém o rei do povo de Deus deveria ser diferente. Hoje o mundo moderno tem seu estilo, modo de vida, conceitos e valores; nem por isso tudo o que o mundo considera bom serve ou é conceito para Deus e sua igreja. Quando uma norma ou conduta ofendem a santidade de Deus, devemos agir como Pedro: “Melhor é servir a Deus do que a homens”.
O conceito real, no oriente neste tempo, conferia a majestade quase uma divindade. Podendo este realizar praticamente tudo que desejasse. Porém Israel era de Deus e não do rei, e Jeová entra em cena para colocar a casa em ordem. Podemos extrair daqui outra verdade que seria a influência da ética vigente. Qual o mal dos governantes hoje? Corrupção. Qual o mal da sociedade hoje? Modismos, sensualidade, irreverência, obstinação, incredulidade, prostituição, vícios, libertinagem dentre outros milhares de aspectos que poderíamos abordar. E nós como cristãos, vamos sucumbir diante de tudo isto?
Conversava com um obreiro amigo meu nesta semana, quando comentávamos a temática geral da maioria dos pregadores evangélicos de hoje. Chegamos à conclusão de que a maioria parece ter lido todos os compêndios de auto-ajuda, de neurolingüística e marketing. É muita psicologia e pouca Teologia! Outro dia, escutei com muita tristeza um destes “grandes pregadores” em sua fala em um evento muito grande deste Brasil dizer com todas as letras: “Eu não sou pregador, sou apenas um grande contador de histórias (estórias?)”. Não pregamos fábulas, pregamos a palavra de Deus! Há ainda a má formação da maioria dos pregadores de hoje, que os força a buscar inspiração e subsídios em qualquer teologia, quando não, vivem de pregar mensagens de outros. Daí vem o perigo, pois seja qual for a Teologia, como é pura repetição, ela será repetida. Daí vermos tanta confissão positiva, triunfalismo, determinismo, teologia da prosperidade, aquela interação chatíssima: Toca nele, diga pra ele, profetiza pra ele! Meu Deus... e bíblia nada.
Ensinadores parecendo querer introduzir na igreja todos os conceitos aplicados da pedagogia moderna e falando em um nível acadêmico tão elevado, que parecem os sacerdotes da inquisição falando em latim aos pobres índios brasileiros; tratando o povo com desdém, pois se moldam aos padrões acadêmicos e não espirituais.
E nossos cantores? Na sua maioria parecem não são mais levitas, os adoradores do culto, mas sim artistas gospel. Pois quem faz show quer aparecer. Inclusive tem até fãs, e se alegram por isso! E na adoração quem aparece é Deus. Hoje nos shows vimos muita luz e pouca glória, muita música e pouco louvor, muito humano e pouco divino, é muito vinho novo e pouca teologia “velha” e redentora, muita letra e pouca bíblia, muito barulho e poucos milagres, muita chuva (faz chover), muita trombeta, muitos cabelos coloridos e descoloridos, é muita corrente, cruz, jóias, adornos, ouro, prata, tatuagens etc. Porém pouca salvação, libertação...
A boa cultura evangélica da música autenticamente sacra, da erudição dos instrumentos, dos hinários, dos corais, do cantor cristão, vem sendo descaracterizada e vilipendiada pelo eletrônico estridente, retorcidos grotescos e musicalmente falando o herético Rock, pagode, hip hop e outros flagelos musicais modernos. Quando a inspiração acaba, essa gente recorre aos bons e baratos hinos da Harpa (sem direitos autorais), para compor CD’s aos milhares, pois hoje o que vale é o comércio, o business. O mundo moderno não é capitalista, globalizado, da produção em massa e em escala?
Certamente Davi se deixou levar pelo padrão de reinado de seus vizinhos (mundo), ou seja, se deixou influenciar.
Davi e a palavra de Deus
Se Davi estivesse pautado pela palavra de Deus, neste caso principalmente ele teria outra postura, pois estava inexplicavelmente ocioso, andando sobre o muro, nas alturas de sua altivez momentânea (lembra de Nabucodonosor?) meditando na grandeza de seu reino, e foi pego pela cobiça. Certamente não meditava ele na Lei de Deus.
Porém a palavra de Deus profética vem direta, e rapidamente a seu encontro: “Este homem pecador és tu!”
Você crê em profecia nos dias atuais? Eu creio! Não acredito que existam “profetas”, mas o Espírito Santo levanta pessoas pelo seu poder para profetizar aquilo que Deus quer, e que seja urgente e pertinentemente ético e saudável para corrigir, consolar e instruir a igreja ou uma pessoa em específico. Em casos urgentes, extremos e especiais, Deus se manifesta sim e revela a sua vontade.
Agora não podemos reduzir à profecia a mediocridade de manifestações carnais, meninices e exageros. A verdadeira profecia descortina mistérios, prevê fatos e alerta. Não foi assim com Davi, pois senão vejamos o texto de II Samuel 12. 1 – 15. O pecado foi descoberto (adultério escondido), e depois predição da morte do filho de seu pecado (predição futura). Quando consola seu efeito é no presente.
O importante é ressaltar como Davi recebe a palavra. A liberdade para as manifestações proféticas e cúlticas em seu reinado é total. Imagine isso com Acabe, Manasses, Jeroboão! O profeta certamente morreria. Mas Davi tinha esta tendência adoradora e confessa: “Eu pequei contra o Senhor” (II Samuel 12. 13). A confissão é o princípio da restauração. O reconhecimento da santidade de Deus também. Por isso tudo contribuiu para um final feliz para o rei, coração sincero, humilhado, contrito.
No mesmo verso o profeta declara o perdão de Deus ao rei. Que inusitado para uma época como aquela não? Daqui surgirão algumas questões das quais destaco uma – quanto tempo Deus leva para perdoar? Segundo texto deixa transparecer é na hora da confissão. Então pessoas que pecam não merecem serem disciplinadas? Pelo contexto parece que sim. No comentário sobre pecado, abordado no começo deste subsídio falamos de tipos de pecados e as diferentes consequências destes atos. Davi foi perdoado e restaurado, porém disciplinado com a morte do filho de seu pecado (II Samuel 12. 14). Por que disto? Porque o nome do Senhor poderia ter sido blasfemado pelos ímpios diz o contexto. Mas alguém poderia dizer, mas não foi, pois o pecado era oculto, o que tinha a ver este inocente com o pecado do rei? Isto pertence à esfera da soberania de Deus. Ele como Senhor de tudo e de todos prefere e pretere. As escolhas pertencem a Ele. Ninguém pode o contestar por isso! Só a eternidade nos revelará estas coisas.
Conclusão
Para que padecermos tudo isto que o rei padeceu? Por pecar para depois ser perdoado? Creio que entre a mentalidade dos mais fracos na fé, e dos mau formados, exista o pensamento de que poderão pecar, se desviar e na última hora Deus os perdoará. Pensamento este bem paralelo ao universalismo, que declara que o juízo divino é corretivo e não destrutivo. Que no fim todos se salvarão! Este discurso é belo, carregado de filosofias, agradável aos ouvidos, porém incerto e não conclusivo. Cuidado irmãos com a Leniência com o pecado.
A lição nos mostra outra versão, fala da misericórdia divina não operante em uma regra uniformizada. E sim individualizada e dependente da sinceridade do coração do pecador. Deus julga o pecador em sua individualidade. E que não o perdão, mas sim o ato em si do pecado tem conseqüências, e as vezes irreparáveis.
Professor, Deus te abençoe e boa aula amado. Não se esqueça de acessar o blog preletorcleberdeamorim.blogspot.com, e pôr ali seus comentários e perguntas. Atenderemos os amados com o maior prazer.
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