Blog do Preletor Cleber de Amorim

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Lição 06- 2º Trimestre 2009 - Demandas Judiciais entre os Irmãos

Lição 06 – Demandas Judiciais entre os Irmãos

De 10 de Maio de 2009

Comentário: Pb Cleber de Amorim / Criciúma SC
E-MAIL: cleberpalavra@yahoo.com.br
MSN: cleber.comjesus@hotmail.com
BLOG: preletorcleberdeamorim.blogspot.com
Contato: 048 34339454 – 91024300 - 88436842

Comentário da Lição nº 6 da Revista da Escola Bíblica Dominical, das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB) Ed. CPAD, RJ, 2º Trimestre de 2009.

Leitura Bíblica em Classe: I Co 6.1-9.

Divisão Tópica

Introdução

I – Falta de Comunhão Fraterna na Igreja Coríntia

1 – As discórdias pessoais (vv 1).
2 – A falsa espiritualidade.
3 – Imaturidade diversa (vv 1, 5-7).

II – Uma Igreja que Desconhecia a Sua Importância (vv 2-4)

1 – A igreja como juiz futuramente.
2 – Não sabeis? (vs 3).

III – Ensinos Finais Sobre Litígios e Inimizades (vv 5-8)

1 – As causas das contendas.
2 – O cristão e a justiça secular.

Conclusão

Paz do Senhor Jesus Cristo aos abnegados professores (as) da maravilhosa Escola Bíblica Dominical. Você tem um imenso valor do Reino de Deus, pois a EBD lança seus conteúdos e abordagens sobre a família cristã, em todas as faixas etárias, e também no discipulado cristão, atendendo os novos conversos tão carentes da sabedoria de Deus. Seu trabalho ecoará por toda a eternidade, e suas obras te seguirão!

Este domingo será especial, pois teremos a grata oportunidade de abordar um tema importantíssimo, o amor cristão. Embora o tema seja as demandas judiciais entre membros de uma mesma congregação cristã, a extensão do mesmo nos fará observar temas afins como a justiça humana, secular, bíblica doutrinária e a de Deus.

Analisemos então em primeira instância o tema Justiça, seja no âmbito bíblico como secular.


Justiça

Definições

Do latim “Jus” significando direito, lei; do grego “dikaios” significando retidão. A justiça requer atos de retidão e não só de palavras. O justo deve ser altruísta; a justiça consiste em conformidade com uma conduta reta. Envolvem qualidades de caráter como retidão, equidade, santidade, correção e razoabilidade. É então a excelência moral.

Considerações filosóficas

Dos sofistas. Mera convenção social.

Platão. Uma realidade dos mundos invisíveis; a justiça do mundo é mera imitação da verdadeira, a de Deus.

Sócrates. Conceitos de questões éticas, da mente universal. Ou seja, a expressão de leis inatas da alma humana.

Aristóteles. A interferência do pertencente ao todo, da coletividade, ou seja, do estado.

Em matéria de fé, devemos distinguir claramente a função do Estado como defensor dos interesses da coletividade, e suas obrigações básicas como saúde, educação e segurança. Seja ele qual for o seu sistema de governo como Monarquia, República ou Império; e seus poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário (de onde se faz a justiça aplicando as leis), e o Reino de Deus, que nas palavras de Jesus a Pilatos: “Não é deste mundo” (Jo 18.36); e consequentemente não tem uma conotação governamental humana, nem tais pretensões. O cristão vive pela lei do Espírito da vida, que nos rege pelas Leis ditadas por cristo Jesus nosso Senhor!

Notemos aqui que a fé, nos leva a basear nossas atitudes por padrões elevadíssimos vindos de Deus, e conferidos pela sua palavra (Bíblia). E estes padrões por serem divinos e elevados, suplantam os padrões humanos, por serem limitados e finitos. Isaías diz que nossas justiças são trapos de imundícia (Is 64.6).


Porém não será por isso que devemos desprezar o Estado e sua legislação. Devemos sim obedecer à lei e viver livres e em paz.

Paulo nesta lição de maneira alguma despreza a Lei humana, pelo contrário, ele quer nos ensinar que o Cristão vive num padrão muito superior ao do mundo, e como tal terá capacidade de julgar futuramente, no seu Reino, o de Deus, as iniqüidades deste mundo como sistema, bem como as obras dos seres espirituais.

Este tema não é uma invencionice Paulina, mas uma realidade abordada por Cristo aos seus discípulos: “...Vós os que me seguistes, quando, na regeneração, o filho do homem se assentar no trono de sua glória, também vos assentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel” (Mt 19.28). Em Apocalipse 20.4 diz: “Vi também tronos, e sentaram-se sobre eles, aqueles a quem foi dada autoridade para julgar...”.



Justiça de Deus

Definições

“A justiça de Deus é a execução da retidão” - Bancroft

“A lei é obrigada a punir o transgressor, tanto quanto o transgressor é obrigado a obedecer à lei – a lei não tem opção. A justiça tem apenas uma função. A necessidade da penalidade é tão grande como a necessidade da obrigação. A própria lei está sujeita a lei” – Shedd.

“A justiça de Deus é a santidade em ação; é a santidade de Deus manifesta ao tratar com suas criaturas” – Pearlman.



Sua realidade Bíblica

“Não fará justiça o juiz de toda a terra” (Gn 18.5)

“O Senhor é justo no meio dela; Ele não comete iniqüidade; manhã após manhã Ele traz o seu juízo a luz; não falha; mas o iníquo não conhece a vergonha” (Sf 3.5).

“O Senhor está no seu santo templo; nos céus tem o Senhor o seu trono; os seus olhos estão atentos, e as suas pálpebras sondam os filhos dos homens. O Senhor põe à prova ao justo e ao ímpio; mas o que ama a violência a sua alma o abomina. Fará chover sobre os perversos, chuva de fogo e enxofre, o vento abrasador será a parte de seu cálice. Por que o Senhor é justo, Ele ama a justiça; os retos lhe contemplarão a face.” (Sl 11.4-7).

Na realidade bíblica, a justiça é um atributo de Deus. Existem os atributos naturais (do ser): Espiritualidade, Infinitude, Unidade, Onipotência, Onipresença, Onisciência, Sabedoria e Soberania. E os Morais (relacionais com as suas criaturas): Santidade, Justiça, Fidelidade, Misericórdia, Amor e Bondade.

Então moralmente falando (moral foi um assunto abordado no comentário da lição 5), notaremos a manifestação deste atributo quando:

1) Quando livra o inocente e condena o ímpio (Is 11.3).
2) Quando perdoa o penitente (Sl 51.14; I Jô 1.9).
3) Quando castiga e julga seu povo (Is 8.17).
4) Quando salva o seu povo (Is 46.13).
5) Quando dá vitória aos servos fiéis (Is 50.4-9).



As responsabilidades do Cristão como ser de padrão elevado

Irmãos, segundo Paulo nós iremos julgar, portanto seremos juízes. Você já viu como é escandaloso quando um juiz é julgado, e a repercussão que isso tem?

Da mesma forma quando um crente deixa a desejar, ou quando por infelicidade ele tem que se deparar com um tribunal, seja por qual motivo for? Isso não é normal.

Jesus esteve perante o tribunal do Sinédrio (dos judeus), e de Pilatos, porém, como alguém acusado injustamente e mesmo assim “levado a força”.

Paulo exigiu ser levado a tribunais Romanos por diversas vezes, de forma estratégica, para não ser condenado pelos Judeus, interrompendo assim sua meta de chegar até César em Roma, para lhe pregar o evangelho, ou seja, atingir o coração do sistema governamental mundial da época (que ousadia!).



Nós segundo os padrões cristãos devemos:

1) Vigiar em nossos relacionamentos sejam eles comerciais, sociais ou profissionais.
2) Ser justos em nossos negócios obedecendo a leis, regras e normas legalmente constituídas.
3) Estar preparados para suportar as perdas que eventualmente poderão ocorrer.
4) Basear nossas decisões pelo princípio do amor cristão.
5) Não gerar escândalos desnecessários.
6) Mesmo em questões seculares sejam elas quais forem, devemos pedir a unção do Espírito Santo para tomadas de decisões, ou seja, ser espirituais em tudo, não carnais.

A justiça e o litígio devem ser os últimos recursos a serem tomados por um crente. Não desprezamos a justiça terrena, relegando a sua importância a segundo plano, porém não a usamos como recurso para obtenção de vantagens, nem como instrumento de justiça, pois a verdadeira justiça será sempre feita pelo Senhor (Dt 32.35; Rm 12.19; Hb 10.30).

Em questões de litígio na verdade todos saem perdendo, não havendo vencedores. As marcas são perenes, e a comunhão cristã se perde. Porém quando há perdão, pelo menos um lado sai ganhando (o do cristão autêntico), e o nome de Jesus é glorificado. A lei em que a verdadeira justiça se baseia é o amor. Os apóstolos, os pais da Igreja, os mártires sofreram danos, opressões e injustiças, porém todos ganharam o Reino, e entrarão na cidade pelas portas!

Deus te abençoe e te guarde!



Anexo- Reunião Departamento da Escola Dominical - Criciúma -SC



Lição 6 – Demandas Judiciais Entre os Irmãos


Esta lição será riquíssima e de grande valor para nós, pois abordará um dos extremos mais complexos em uma relação cristã, o envio ao judiciário de nossas questões pessoais, e relacionais.
O caso aqui não é de se somente abordar o litígio em si, mas também as suas causas, a sua origem. E o decorrer destas demandas chegarem até o juiz ímpio, gerando escândalos a Igreja de Cristo.

Paulo expõe o fato de a Igreja estar predestinada a julgar (6.2,3), e para isto acontecer a Igreja deve ter um senso de sabedoria muito amplo. Paulo condiciona também o perdão aos irmãos de Corinto, quando fala em aceitar o dano, a perda, o sofrimento até mesmo em amor ao irmão que infelizmente não cumpriu a sua parte no negócio ou trato, causando pesar e tristeza ao outrem.

Nós como cristãos a exemplo de Cristo devemos agir pautados pela lei do perdão. Porém, devemos agir de formas a prevenir certas situações como empréstimos financeiros (a cobrança de juros, a usura não são de Deus!), a compra de imóveis ou bens duráveis ou supérfluos devem seguir regras muitas vezes até mesmo contratuais, o matrimônio deve ser zelado pelo amor e respeito, pois em dias modernos como os nossos, o divórcio só será estabelecido perante uma corte etc.

É claro que a Igreja não está acima da lei, porém a lei civil não está apta a julgar causas espirituais e muito menos apta para discernir o juízo segundo as leis do Reino de Deus! Pois também há corrupção e imoralidades e distorções, interesses etc, no reino dos homens. E os juízes também carecem de salvação, por isso devemos dar um bom testemunho e evitar as contendas e as porfias.


Pb Cleber de Amorim

1 Response to "Lição 06- 2º Trimestre 2009 - Demandas Judiciais entre os Irmãos"

  1. A paz do Senhor!

    Solicito autorização para publicar este comentário no site EBDweb, Escola Dominical na Web (www.ebdweb.com.br). Que Deus contionue te abençoando.

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