Lição 05- 2º Trimestre 2009 -A Imoralidade em Corinto
Lição 05 – A Imoralidade em Corinto
De 03 de Maio de 2009
Comentário: Pb Cleber de Amorim / Criciúma SC
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Comentário da Lição nº 5 da Revista da Escola Bíblica Dominical, das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB) Ed. CPAD, RJ, 2º Trimestre de 2009.
Leitura Bíblica em Classe: I Co 5.1-6, 9-11.
Divisão Tópica
Introdução
I – Escândalo na Igreja
1 – O transgressor precisa ser confrontado (vv 1-5).
2 – Lançar fora o fermento velho (vv 6-8).
3 – Aplicação da disciplina na Igreja (vv 9-11).
II – A ação Pastoral Disciplinar na Igreja (vv 9-11)
1 – Ação Pastoral e eclesiástica sobre o pecado.
2 – O fermento do erro (vs 6).
3 – A motivação para uma vida Santa.
III – Relacionamentos do Crente
1 – O relacionamento com os não crentes (vs 10).
2 – O relacionamento do crente vivendo em pecado.
3 – A disciplina sofrida pelo infrator.
Conclusão
Paz do Senhor Jesus Cristo aos abnegados professores (as) da maravilhosa Escola Bíblica Dominical. Você tem um imenso valor do Reino de Deus, pois a EBD lança seus conteúdos e abordagens sobre a família cristã, em todas as faixas etárias, e também no discipulado cristão, atendendo os novos conversos tão carentes da sabedoria de Deus. Seu trabalho ecoará por toda a eternidade, e suas obras te seguirão!
Nesta lição, Paulo faz um tratado ético, com abordagem quase cirúrgica, sobre um tema crítico como o pecado de imoralidade, que exige uma tomada de decisão que envolverá a separação do anátema da congregação, pelo perigo da expansão do problema para todo o corpo de Cristo.
Compreendemos claramente a influência do ambiente social Corinto, imoral e pervertido sobre o imaginário cultural das pessoas daquela cidade, com extensões certamente sobre os crentes novos convertidos, carentes da doutrina cristã.
O fato: Um filho que mantinha um caso imoral sexual com a madrasta, mesmo congregando-se com o povo de Deus.
Paulo compara este pecado ao fermento, e nós sabemos que esta alegoria fala claramente da fermentação da massa pelo fermento, aludindo assim a possibilidade do pecado como fermento expandir-se por toda a igreja.
Então vamos analisar os termos originais para pecado:
O termo tem em sua raiz etimológica, várias vertentes, porém sempre com conotações negativas, ex: do grego:
1) Armatia indica errar o alvo, fracassar;
2) Anomia significa desregramento, geralmente no sentido moral (I Jo 3.4);
3) Asebeia significa impiedade (II Pe 2.6);
4) Parabasis = Transgressão (Mt 6.14);
5) Paranomia é a quebra da lei (At 23.3; II Pe 2.16);
6) Paraptoma fala de passos em falso (Mt 6.14; Ef 2.1).
O pecado pode ser um ato ou um estado, e o NT o mostra de várias maneiras, porém sempre de forma negativa.
Uma análise bíblica sobre o fermento, nos ensinará que a abordagem veterotestamentária do termo é simplesmente literal, e que ensinos brotam daí por interpretação. O fato é que não se usou fermento nos pães na véspera da páscoa pela apressada saída Israelita do Egito (Ex 12.11); que o fermento era proibido em todas as ofertas feitas ao Senhor pelo fogo (Lv 2.11; 6.17). Já no NT o termo é usado de forma metafórica simbolizando por exemplo a doutrina corrupta dos Fariseus, Saduceus (Mt 16.6) e o pecado como no caso em apreço nesta lição (I Co 5.6).
O pecado deforma o caráter, e por consequência afeta toda uma congregação (abordamos isso na lição sobre Acã no trimestre passado). Por isso o confronto era eminente, entre a Santidade divina e o pecado na igreja.
Falando em Santidade, devemos nos reportar aos ensinos da Teologia Sistemática que abordando a doutrina de Deus, mostra-nos a Santidade como um atributo “moral” de Deus. Ora, o que é realmente um atributo moral? É aquela qualidade que se destaca no relacionamento entre a pessoa em questão e o mundo a sua volta, neste caso o relacionamento de Deus com as suas criaturas. De sorte que as pessoas que se relacionam conosco é que poderão, afirmar quem verdadeiramente somos. Ou as nossas obras revelam quem somos realmente.
A moralidade é a moral em ação, de sorte que o prefixo “i” denota falta, a não existência. Logo imoralidade é a falta de moral. A moral também é abordada pela filosofia histórica e contemporânea. Diz a mesma ciência que a moral é sinônimo da ética. Porém, percebemos que o termo imoralidade muito comumente está relacionado à prostituição e pecados sexuais.
Etimologicamente sua raiz vem do grego moris que significa costume, vontade ou uso. Sinônimo da palavra grega ethos, que denota ética. Ou seja, modernamente falando a moral é construída pela cultura, meio em que vivemos, padrões mentais constituídos, tradições etc. E a moral é a ética em ação. Nossos hábitos e costumes devem subordinar-se ao evangelho de Cristo, e a conduta por ele indicada (santificação), para a consolidação da salvação. Logo também se entende que não existirá ética, moral e santidade sem relacionamentos que garantam este fato. Precisamos interagir com todos os universos sejam eles os de Deus, os do mundo social, espiritual, humano, acadêmico, familiar etc. Onde estivermos nosso procedimento deverá ser o mais salutar possível.
O que percebemos na doutrina Paulina sem dúvida é o ensino da diferenciação da igreja em relação ao mundo. E a igreja como corpo místico de Cristo deve ter seus padrões de santidade e velar por eles, mesmo que para isso devam ser tomadas decisões temerárias (não arbitrárias), como por exemplo, a disciplina do infrator, que significaria a sua exclusão do corpo. Hoje em dia se fala muito em liberdade humana, e a proibição de julgamentos a membros de congregações com o pretexto de não expor ao ridículo o membro. Irmãos a igreja tem suas normas de conduta com base na lei do Espírito da vida, que não precisam de estatutos ou parágrafos em atas de assembléia interna. As leis de Deus estão intrinsecamente posicionadas na alma humana, perfazendo um conjunto de normas, chamada de consciência. Não precisando de muito esforço para serem compreendidas. O problema do pecado é compreendido pela maioria das culturas humanas, sejam cristãs ou não. E diversas formas de combate têm sido sugeridas para a cura da alma humana. Porém só o sangue de Cristo poderá curar esta chaga.
Que Deus nos ajude nesta luta, que não deve ser hipócrita e subjetiva, e sim sincera, abnegada e idealista.
Que Deus nos guarde do pecado, e nos de a sua graça para sermos sal e luz!
Deus abençoe.
Anexo- Reunião Departamento Escola Dominical - Criciúma - SC
Caro professor, um código de conduta que impõe ao homem limites e regras que contribuem para uma vida sadia e que agrega o homem a uma sociedade, se chamará ética. A ética é este conjunto de valores que formam um caráter e padrões de vida e conduta, que visam o bem estar pessoal e coletivo.
A moral é a utilização prática destes valores, que nos caracterizam em nossas relações externas. Quem se relacionar conosco, ou com a Igreja em que congregarmos, é que verdadeiramente poderá afirmar quem somos através das impressões que nossa conduta e moral refletirem.
Biblicamente o cristão demonstra sua moral por princípios que mesmo em alegoria, nos ensinam o quão produtivo deve ser relacionar-se com um crente, vejamos: Sal (Mt 5.13); Luz (Mt 5.14) Ramos da videira, que devem dar fruto (Jo 15.1-5; Gl 5.22,23) etc.
Porém o prefixo “I” denota a falta de ou alguma coisa. Portanto a imoralidade significa a falta de moral. Geralmente este termo tem conotações negativas no sentido sexual. Paulo fala de imoralidade tal que nem entre os incrédulos se via! (I Co 5.1), como isso seria possível? Pela falta de senso moral de toda uma congregação. Como uma Igreja toleraria isso sem nenhum tipo de restrições?
Paulo, porém adverte a Igreja que uma postura curativa deveria ser tomada urgentemente, e esta postura deveria ser disciplinar, e dar exemplo tanto para a Igreja como para o mundo. Tem pessoas hoje em dia que são contra a disciplina, que acham esta atitude radical demais, e ainda usam a Bíblia dizendo que “não é por força nem violência, mas pelo Espírito!” que na hora certa o pecador vai se arrepender e etc. Paulo chama o pecado de fermento, e todos sabemos que poder e efeitos têm o fermento sobre o todo.
A ação pastoral deve ser incisiva sobre o mesmo, não permitindo o crescimento (inchasso) da massa devido à ação do erro.
A lição além de falar sobre os pecados, também adverte em caráter preventivo, sobre os nossos relacionamentos tanto dentro da Igreja como fora, e nos remete ao testemunho com os de fora, e com a separação com aqueles que não querem nada com Deus, dando um testemunho deveras negativo. A estes, Paulo aconselha até mesmo evitar, pois conhecem a verdade e não se sujeitam a ela, podendo nos fazer cair e pecar como tais.
Como vimos à disciplina tem valor prático, curativo, regulador e restaurador dentro do convívio eclesial.
Pb Cleber de Amorim
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