Blog do Preletor Cleber de Amorim

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Comentário da Lição nº 12

De 20 de Dezembro de 2009

Comentário: Pb Cleber de Amorim / Criciúma SC
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Comentário da Lição nº 12 da Revista da Escola Bíblica Dominical, das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB) Ed. CPAD, RJ, 4º Trimestre de 2009.

Leitura Bíblica em Classe: I Crônicas 28. 4-8.

Divisão Tópica

Introdução

I – UM SUCESSOR INDICADO POR DAVI, MAS ESCOLHIDO POR DEUS

1 – As insubmissas escolhas humanas.
2 – A escolha divina.

II – UM SUCESSOR DE POUCA EXPERIÊNCIA, MAS QUE HERDOU UM GRANDE LEGADO

1 – O legado político institucional.
2 – O legado religioso.

III – UM SUCESSOR JOVEM, MAS DE GRANDE PIEDADE

1 – Na vida privada.
2 – Na vida pública.


Conclusão




Subsídio


Introdução


Paz do Senhor aos amados professores (as) da EBD. A lição deste domingo aborda o momento transitivo institucional de um governo, ou seja, a sucessão de lideranças. Neste caso específico a sucessão política.
Precisaremos abordar com sabedoria esta lição, pois ela toca em temas complexos e abrangentes. Teremos de ter habilidade cirúrgica para explaná-la, pois passaremos por temas que envolvem interesses, vaidade e poder.

Porém, para que nossa abordagem não seja parcial, ou pareça ser, vamos analisar a lição pelo prisma do poder. Politicamente falando analisemos os vários tipos de poderes e de governos humanos.


Definindo Política


Política é um tema que muitos vêem com olhar dantesco. Ogeriza, náusea e uma grande dose de preconceito envolvem este tema. Porém a política como a arte de governar pessoas, é uma questão intrínseca da humanidade, não importando o sistema, sempre existiu e sempre existirá, enquanto este sistema de coisas não for mudado pela revelação de Jesus Cristo em sua segunda vinda, para levar a igreja, remir a Israel e instaurar seu governo milenar.


Sistemas de Governo


Desde os tempos mais remotos, a humanidade em decorrência de seu crescimento demográfico, desenvolveu quase que de forma intuitiva, sistemas de governança objetivando a ordem e as condições de convivência entre seus membros. E também as condições para a posteridade da espécie. Destacamos a falibilidade do gênero humano, e as mais variadas formas de violência, sujeição e dominação por parte daqueles que por suas condições superiores, desenvolveram este domínio sujeitando debaixo de seu poder pessoas e sociedades inteiras.

São comuns manifestações déspotas e intolerantes por parte dos dominadores, que na maioria dos casos visavam mais o seu prazer do que o bem comum.

Também nos cabe salientar, que na antiguidade, os líderes de grupos tribais, castas, feudos e reis, tinham praticamente o status de deuses, pelo que tinham o domínio quase que absoluto de seus súditos, podendo destes exigir tudo inclusive à vida. Estando suas decisões, acima de qualquer padrão ou estrutura ética e social.


O desenvolvimento dos sistemas de Governo


Podemos descrever os sistemas de governo mais ou menos assim:

Família

No princípio, no desenvolvimento dos povos surgiram as famílias, aqui surge a figura do pai como líder e protetor da prole.

Clãs

Com o desenvolvimento das famílias surge a união em graus de parentesco. Muitas famílias próximas por grau de parentesco, como a família do irmão juntando-se a do outro irmão e assim por diante, que herdam do patriarca terras e espaços geográficos. Neste desenvolvimento surge à necessidade de segurança, alimentação e posteridade de usos e costumes e legados éticos, morais e religiosos que vão permeando o grupo, e o caracterizando perante os outros grupos que também se formam a margem de seu desenvolvimento.

Cidades

Fatores geográficos, climáticos e recursos naturais como água, terra cultivável e campos para criação de gado e rebanhos, vão unificando famílias e clãs em torno da necessidade de convívio equilibrado entre estes, gerando assim as cidades.

Reinos

É fato, que dentre os povos antigos, a monarquia parece ser o gênero de governo mais usado pelas sociedades. Veja o relato bíblico de Moisés, que precede dos anos 1440 A.C. E perceba que bem antes disso, quando ele narra as histórias de Abraão e dos patriarcas, que passam por diversas regiões em suas peregrinações, sempre relacionando-se com reis, sejam eles de maior ou menor importância, mas na maioria dos casos, reis. Os reinos são conseqüentes da união de famílias, clãs, cidades e vilas.

Impérios

A unificação de vários reinos formava os impérios. Cabe lembrar que esta unificação jamais foi pacífica, e era fruto da obstinação e orgulho de reis visionários e ávidos pela manutenção de seu poder terreno. Quanto menos ameaças, mais certo seria que seu reinado se perpetuaria ao máximo dos dias de sua existência.

As nações dos tempos modernos

As nações como as conhecem hoje, são fruto de muitas guerras e conflitos armados, que por incrível que pareça, proporcionaram o quadro político mundial agora vigente. Um exemplo, depois da 1ª grande guerra, a Inglaterra dominou a Palestina, depois da derrocada do Império Otomano (vide Turquia), que até então dominava aquela região. Devido aos princípios cristãos dos Anglos Saxões, e a grande influência israelita sobre aquela nação, em 1948 pode-se por intermédio da Inglaterra, ser a terra em partes devolvida a Israel. Formando o mapa geográfico como o conhecemos hoje.

Com os gregos o mundo conhece a democracia, ou seja, a forma de governo onde a sociedade tem importância e tem a capacidade de tomada de grandes decisões, e escolhe seus governantes. Na democracia prima-se pela liberdade, seja de expressões, pensamentos e atitudes. Com os Romanos, a república que é a forma de governo pelo povo e para o povo, onde se cria o Senado. Também com estes, o sistema Judiciário toma forma e corpo, tanto que influencia o mundo Jurídico até aos dias atuais e em várias nações, com seus conceitos e preceitos em Latim.

E na sucessão de governos pelos tempos, a humanidade conheceu no “novo mundo”, a América do Norte, a mais perfeita e duradoura democracia da história, com sua Constituição única desde os tempos de sua criação. E sua sucessão executiva (Presidente e Prefeitos) e legislativa (Deputados) por meio de eleições diretas.

Basicamente no mundo atual existem como formas de governo a:

Monarquia

Sistema onde existe a figura do Rei ou Rainha, que representam a família real e a guarda da pureza e da linha racial do povo em questão. Estes são guardiões das heranças e interesses do povo, e por isso são tão admirados e em muitos casos reverenciados pelos súditos.

Parlamentarismo

Sistema onde os deputados (parlamento), elegem o primeiro ministro que representa o povo e seus interesses, perante os poderes da nação. Ele é o administrador e principal figura do governo, que também tem o presidente, mas com poder menor do que o conhecemos no Brasil.

Presidencialismo

O presidente é o representante máximo do Executivo Nacional. Ele pode ser eleito pelo povo (eleições diretas), ou pelos deputados (eleições indiretas). Ele tem a prerrogativa de liderar, administrar, criar projetos nacionais e propor projetos e reflexões nacionais. Pode apresentar leis perante o Legislativo, sancioná-las ou rejeitá-las, indicar ministros para o Judiciário (STF), tribunais de contas etc. Enfim no regime presidencialista, o presidente é a maior autoridade do país.

Ainda hoje existem ditadores pelo mundo, que por golpes ou revoluções (na maioria sempre armadas), se utilizam de um destes sistemas vistos acima para governar de forma perpétua em seus países.

Com relação a Igreja, que forma de governo você acha que mais se parece com o atual? Ou pelo menos a sua denominação?

A Igreja é o reino de Deus na terra? Ou é a representante deste Reino? Ou nenhuma nem outra? São questões como esta que podem ser abordadas nesta manhã, porém com muito cuidado, para não ferir consciências.



A necessidade de Sucessão


O ser humano tem por característica o dinamismo e a necessidade pelo novo. Daí vem à mola propulsora de seu desenvolvimento e perpetuação como espécie. O mundo de hoje não é o mesmo de ontem, e também caminha para não ser o mesmo de amanhã. A necessidade por mudanças é fator inato do homem. Sua existência é marcada por mudanças. Ele nasce de uma forma, e cresce, transforma-se biológica, física e mentalmente. Enfim faz parte de si este processo. Também há a prospecção do mundo exterior, as descobertas científicas e tecnológicas, e o anseio pelo saber que muitas vezes o leva aos mistérios do infinito do espaço e da filosofia, quando busca a solução de problemas como: De onde vim? Quem sou? E para onde vou?

Também há a questão etária e de geração. Então destacamos aqui algumas razões para a sucessão:

1 – Etária. O homem não vive para sempre, não é eterno. Logo deve estar cônscio disto e preparar-se para o fim de seu mandato ou governo, e até mesmo de sua vida, pois isto é inevitável.

2 – Contextual. O governante deve estar atento as mudanças filosóficas e tecnológicas de seu tempo. Não estando atento a isto, tende a se tornar obsoleto e ultrapassado em suas idéias e práticas, podendo causar danos ao ambiente comum.

3 – Projetos. Bons governos, são aqueles que tem projetos e idéias centrais bem definidas. A que veio este governante? O que ele fez? Que legado nos deixa? São perguntas a que jamais fugirá.

4 – Ética e Moral. Todo governante ou líder deve ter em mente que sua moralidade e honestidade sempre estarão dando norte a seu governo. Poderá ele ser trabalhador, construtor e idealizador, porém se faltar nestes quesitos certamente será rejeitado pelo povo ou liderados.


A Sucessão


Toda sucessão deve ser preparada e desenvolvida. Todo grande líder pensa em algum momento de sua gestão neste momento. O grande líder tem este evento em pauta porque sabe que o que realmente tem valor, é o bem comum, e não seus interesses pessoais e familiares.

Não se esqueça, quando um líder visa sua família na sucessão, ele na realidade está criando uma dinastia, ou seja, uma família real, e se apoderando daquilo que não é dele! Os Reis eram levantados dentre o povo, e era a essência do melhor de sua gente. Veja o caso de Saul na Bíblia, que simbolizava o melhor de Israel naquele momento. E como é destacada sua aparência física exuberante quando se diz que ele excedia a todo judeu, de seus ombros para cima. Era o melhor da expressão judaica, por isto poderia ser Rei sobre o povo.

Toda sucessão deve ter um sucessor. E o provável sucessor é fatalmente reconhecido e indicado por fatores alheios a sua vontade. A liderança inata, as qualidades indicadas para o cargo, o espírito agregador, a segurança exteriorizada, a inteligência o carisma etc.

O sucessor jamais deve ser empurrado de goela abaixo de seus liderados.


Deus e a sucessão


Ninguém melhor que Jeová para nos ensinar os princípios de uma sucessão. Nas páginas da Bíblia Sagrada ele demonstra nas pessoas de Davi e Salomão como isto deve acontecer.

1 – Eles não eram os mais velhos. Nem sempre a idade demonstra maturidade, ou capacidade de governo. Nem Davi, nem Salomão eram os mais velhos de suas famílias.

2 – Os sucessores jamais serão perfeitos. Não foi pelo caso de Deus os escolher, que Davi e Salomão não pecaram. Deus é perfeito, porém os homens não!

3 – O sucessor tem de ter a visão do serviço, não do ser servido. Tanto Davi como Salomão, via Israel como possessão divina. Atuaram como servos de Jeová, ou seja, como mordomos d’Ele. O verdadeiro líder vela pelos seus.

4 – Deus via neles qualidades interiores. O líder não luta sozinho. Por isto não precisa ser o maior, o mais belo o mais forte. Estes atributos são secundários na liderança. Tanto Davi como Salomão tinham a capacidade de agregar, de unir forças em torno de si. Quem tem estes atributos, forma um exército e ganha muitas batalhas.

Parece que estamos falando de temas atuais não? Isto mesmo. A liderança eficaz se utiliza de verdades eternas, que mesmo que vestidas de roupagens (descrições) diferentes, surtem efeitos positivos.


A Sucessão na obra de Deus


Infelizmente a Igreja do Senhor tem sido tomada por pessoas que apenas visam o bem de sua família e membros. Não podemos afirmar ao certo se são a maioria, mas existem.

A Igreja não deve ser governada por déspotas ou dinastias. Ela muito menos deve ser administrada por princípios administrativos, econômicos, financeiros ou contábeis. A excelência da administração (mordomia no sentido bíblico) eclesiástica tem no princípio do amor a sua direção divina.

Deus é o dono do ouro e da prata. Ele jamais deixará que sua igreja fique sem estes fatores. Quando o justo governa o povo se alegra. Daí não há falta de pão e vinho, cereais, leite, mel e pastas... Enfim, abundância na casa de Deus. Deus é tão justo que dá a seus Levitas a fartura. De sorte que quando o levita se farta, é Deus se alegrando pela alegria de seu povo, que foi abençoado e ofertou a sua casa.

O homem que tem medo da Sucessão, não conhece os preceitos divinos, e muito menos o amor de Deus!

Davi honrou ao Senhor enquanto viveu, mesmo sendo um pecador, homem violento e derramador de sangue. Sempre teve a figura de Jeová como sendo o possuidor de Israel, e ele mesmo sendo Rei, sendo o servo de Jeová.

Em suas orações, Davi agradecia a Jeová, por ter sido agraciado com o pacto divino, de que jamais lhe faltaria sucessor em sua casa, daí seu reino ser eterno, sem que fosse merecedor disto!

O homem de Deus deve confiar em Deus, e permitir que Ele dirija em tudo a sua vida, inclusive no futuro de seus filhos e membros de sua parentela.

Lembremos que neste mundo moderno, quando se fortalecem as instituições, não se admite mais a prática do nepotismo. O que seria o Nepotismo? A inclusão de parentes em cargos de confiança, onde não haja sido feito concurso público para a inclusão destes no quadro de funcionários do governo. Conferindo a esta prática a injustiça e oneração do erário público. Porque isto? Por que o governo não é dos governantes, e sim do povo, onde todos são iguais perante a lei e aptos para exercerem as mesmas funções. Porém os concursos existem para peneirar os mais aptos dos menos aptos, não sendo forma de segregação e sim aperfeiçoamento do serviço público.

Então nos cabem as perguntas: A Igreja é de quem? Não seria o Espírito Santo quem deveria assim como Paulo e Barnabé, indicar os ministros (servidores) de Deus? Estes não têm responsabilidades?


Conclusão


Estes são tempos difíceis, onde o ego humano tem suplantado a direção divina e o impulso e a tentação pelo poder tem feito grandes estragos à obra de Deus. Oremos ao Senhor, para que levante homens e mulheres imbuídos e determinados em servir ao Senhor de todo coração, imunizados contra a praga do orgulho e sedução das riquezas e posição.

Deus abençoa a todos, e um Feliz Natal!

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